Heavy Metal

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Angra

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O nome significa deusa do fogo na mitologia tupiniquim, além de significar uma pequena enseada ou baía usada como porto natural. Além disso, também foi escolhido por parecer com o adjetivo em inglês angry, que significa "raivoso".

Angra é uma banda brasileira de metal, formada na cidade de São Paulo em 1991, pelo vocalista e tecladista Andre Matos e os guitarristas Andre Linhares e Rafael Bittencourt, após se conhecerem na Faculdade Santa Marcelina, onde todos faziam faculdade de composição e regência. Andre Matos anteriormente havia feito parte do Viper (entre 1985 e 1990), mas deixou a banda por motivos pessoais, e Rafael Bittencourt fazia parte da banda Spitfire. Logo após entraram na banda os músicos Luis Mariutti (baixo) e Marco Antunes(bateria).

A banda Angra foi formada por Rafael Bittencourt e Andre Matos com a proposta de fundir a agressividade do Heavy Metal, os rítmos étnicos brasileiros e a sofisticação da música erudita. Na época, André Matos foi quem trouxe os contatos com o empresário Antônio Pirani,então proprietário da revista Rock Brigade e do selo Rock Brigade Records, por volta de 1991 no auge do estilo power metal. Rafael, que estava retornando dos Estados Unidos, resolveu montar uma super banda com músicos conhecidos na faculdade Santa Marcelina como o vocalista Andre Matos. Os músicos Andre Linhares (guitarra), Luís Mariutti (baixo), e Marco Antunes (bateria) completaram a banda, mas após algum tempo Andre Linhares deixou a banda e André Hernandes o substituiu, pouco depois Kiko Loureiro assumiu o lugar de Andre Hernandes. A idéia era aproveitar a onda do power metal (ou metal melódico como o gênero ficou conhecido no Brasil) que estava bastante popular na Europa, Japão e no Brasil graças a nomes como Helloween e Gamma Ray.

O quinteto ensaiou praticamente por um ano para lançar sua primeira demo tape, intitulada Reaching Horizons em 1992. Ainda desconhecidos do grande público, o Angra assinou com a JVC e viajou para o Japão para gravar seu primeiro álbum de estúdio, Angels Cry. Angels Cry obteve boa repercussão tanto no Brasil como no exterior (principalmente no Japão, onde ganhou disco de ouro). O álbum apresentava uma mistura de heavy metal e música clássica, sonoridade que marcou o estilo da banda. Pouco antes das gravações do álbum, Marco Antunes deixou a banda, o que fez com que a bateria fosse gravada por Alex Holzwarth. Em seguida, Ricardo Confessori assumiu as baquetas do Angra.

Em 1994, Angra abriu para o AC/DC no Brasil e foi convidado para a inauguração da versão brasileira do festival Monsters of Rock, dividindo palco com o KISS, Black Sabbath e Slayer. Após o festival, a banda embarcou em o que seria uma turnê muito bem sucedida no Brasil a Angels Cry Tour, o que eventualmente acabou na Europa em 1995. O tecladista em toda a turnê foi Fábio Ribeiro.

O Angra iniciou as gravações de seu novo álbum em 1995. Holy Land, lançado em Março de 1996, é o álbum que trouxe à tona diversas influências brasileiras, sem deixar de lado o peso e a técnica do heavy metal. Isso valeu à banda ainda maior reconhecimento internacional, culminando em shows por diversos países europeus, como Itália, França e Grécia, além de proporcionar ao grupo mais um disco de ouro no Japão. No início do ano seguinte, a banda faria sua primeira turnê pelo Japão. Como conseqüência de tantos shows bem sucedidos, foi lançado em 1997 o EP Holy Live, com quatro faixas ao vivo gravadas em Paris. A banda teve o videoclipe da canção "Make Believe" indicado para o MTV Video Music Awards de 1997, acabando como um dos mais votados. O tecladista da turnê foi Leck Filho.

O ano de 1998 marcou o início de mais uma produção do Angra. Com Chris Tsangarides na produção a banda antecipou seu próximo álbum com o single de três canções "Lisbon", lançado em julho daquele ano. O álbum, intituladoFireworks foi lançado em setembro do mesmo ano, mostrando a banda menos voltada para os ritmos brasileiros e mais dedicada ao heavy metal. Durante a turnê do álbum, os problemas de relacionamento com o empresário Antônio Pirani se agravaram, resultando em conflitos internos. O tecladista da turnê foi novamente Fábio Ribeiro.

O último show de André Matos, Ricardo Confessori e Luís Mariutti foi dia 23 de outubro de 1999 no Credicard Hall em São Paulo.

Após diversos desentendimentos com Pirani, Andre Matos, Ricardo Confessori e Luís Mariutti saíram da banda em agosto de 2000  e em março de 2001, uma nova formação era anunciada com Aquiles Priester (bateria), Edu Falaschi (vocal) e Felipe Andreoli (músico) (baixo). Edu Falaschi era líder da banda Symbols. Felipe Andreoli, por sua vez, era baixista do grupo Karma, e ainda faz parte desta formação. Já Aquiles Priester, fundador do grupo Hangar saiu da banda em 2008.
Assim, o Angra voltou às atividades no ano de 2001 com o lançamento mundial do disco Rebirth no mês de outubro. O nome do álbum, que significa renascimento em português, remete à nova fase vivida pela banda a partir do primeiro semestre daquele ano e foi gravado no Brasil e na Alemanha pelo produtor Dennis Ward.
O quinteto ingressou num processo de divulgação do disco, realizando em várias capitais brasileiras e na América do Sul, culminando com um show na casa Via Funchal, na cidade de São Paulo, em 15 de dezembro. Em menos de dois meses, Rebirth já havia atingido o número de 100 mil cópias vendidas em todo o mundo.
O primeiro show da banda com a nova formação aconteceu dia 2 de novembro de 2001 no Canadura em Maringá no Paraná.

Em janeiro a banda voltou ao estúdio, novamente sob o comando de Dennis Ward, para gravar o EP Hunters and Prey e a canção "Kashmir" para um tributo ao Led Zeppelin. O álbum trazia algumas faixas novas, além de versões acústicas das canções "Rebirth" e "Heroes of Sand". Trazia também um cover de Genesis, com a canção "Mama". Logo após as gravações, a banda ainda participou de um show ao ar livre em comemoração ao aniversário da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, realizado no Center Norte, contando com um público de cerca de 12 mil pessoas.

Depois de participar de inúmeros programas de rádio e de TV (incluindo uma aparição no Altas Horas, da Rede Globo, e Musikaos, da TV Cultura), o Angra finalizou a edição do primeiro vídeo clipe do disco Rebirth. A canção escolhida foi a faixa título, e tem como base as imagens gravadas no show acima citado, realizado em São Paulo.
Em março do mesmo ano a banda embarcou para mais uma turnê pela Europa. Foram 18 apresentações em sete países: Itália, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Bélgica e Suíça, sempre contando com o Silent Force como banda de abertura.
De volta ao Brasil, no início de abril foi retomada a turnê sul-americana, com três shows no interior de São Paulo que totalizaram público de cerca de 25 mil pessoas. Em paralelo, novos produtos com a marca Angra chegaram ao mercado. Um deles é o songbook de Rebirth, com as partituras e tablaturas para guitarra de todas as canções do disco. O livro, de 116 páginas, traz ainda um glossário explicando as principais figuras utilizadas nas tablaturas, facilitando sua utilização por músicos ainda pouco familiarizados com essa simbologia. Também foi lançada, em edição limitada produzida pelo fã-clube do Angra, uma fita VHS com cerca de 80 minutos de duração trazendo o show que a banda realizou no Rio de Janeiro e cenas extraídas dos arquivos pessoais dos músicos da banda.

Em maio foi lançado o EP Hunters and Prey, que, a exemplo de Rebirth, tem arte de capa assinada pela artista plástica portuguesa Isabel de Amorim. O disco conta com oito canções e mais uma faixa interativa, com o clipe da canção "Rebirth". Dentre as canções, encontram-se novas composições, versões acústicas, um cover para a canção "Mama", do Genesis, e uma versão da canção "Hunters and Prey" com letra em português, que recebeu o título "Caça e Caçador".

Antes de embarcar para mais uma empreitada internacional, a banda gravou uma versão heavy metal e um clipe da canção "Pra Frente Brasil". O vídeo foi exibido pelo canal esportivo SporTV durante a Copa do Mundo de 2002 e continua sendo veiculado no canal Multishow.
Em junho a banda esteve mais uma vez no Japão, onde fez cinco apresentações nas cidades de Nagóia, Tóquio, Osaka e Hiroshima, entre os dias 19 e 24. No dia 14, o Angra foi a primeira banda de heavy metal sul-americana a se apresentar em Taiwan, em um show na cidade de Taipé.

Várias rádios, como 89FM e Brasil 2000 (São Paulo), FM98 (Belo Horizonte), Cidade (Rio de Janeiro) e Cidade e Transamérica (Recife), incluíram canções do quinteto em sua programação. Também na TV o grupo teve ampla exposição, como nos programas Zapping Zone (Disney Channel, do qual participou duas vezes), Pirata Urbano (AllTV, no qual o bateu recorde de audiência do programa e ganhou uma reprise na semana seguinte), Programa do Jô(Rede Globo) e uma nova participação no Altas Horas (Rede Globo).
No segundo semestre, o Angra participou com destaque em dois dos principais festivais de verão europeus. O grupo tocou no dia 27 de julho no Rock Machine, na Espanha, e no dia 2 de agosto no tradicional Wacken Open Air naAlemanha. Na volta, a banda prosseguiu em sua maratona de shows, se apresentando em diversas cidades brasileiras e visitando outros países sul-americanos como Equador e Colômbia. Em novembro se apresentaram pela primeira vez nos Estados Unidos e no Canadá.

Com um show para cerca de 7 mil pessoas no Credicard Hall em dezembro de 2002, o grupo promoveu o lançamento do CD e DVD Rebirth World Tour Live in São Paulo, encerrando a turnê mundial, que totalizou mais de 100 shows realizados no Brasil, América Latina, América do Norte, Europa e Ásia.

Fizeram parte do fecho da turnê mundial três festivais de verão europeus, Viña Rock (Espanha, em 3 de maio), Sweden Rock (Suécia, em 7 de junho) e Gods of Metal (Itália, em 8 de junho), nos quais a banda teve oportunidade de mostrar sua apresentação para dezenas de milhares de fãs. Na Espanha, eles se apresentaram em um festival aberto a diversos estilos musicais, atraindo assim a atenção de um público eclético.O festival italiano, como o nome diz, sempre apresenta os principais nomes do heavy metal mundial. Finalizando a turnê, o Angra foi a atração principal do Festival Pop Rock, considerado o maior evento do gênero no Brasil, realizado em 9 de agostoem Belo Horizonte.
O tecladista da turnê foi Fábio Laguna.

Em 2004 foi lançado Temple of Shadows, um álbum conceitual que narra a saga de um cavaleiro das Cruzadas conhecido como "The Shadow Hunter", e que se passa no final do século XI. O encarte conta com a arte assinada novamente por Isabel de Amorim, e possui formatação de livro, narrando a história por trás das letras. Antes de cada letra de canção há pelo menos um parágrafo explicando a situação ou os fatos que se passam em cada canção.Dennis Ward foi novamente chamado para gravar, produzir e mixar este álbum.
Mais uma vez, houve elementos da canção brasileira no som da banda. Há, inclusive, uma faixa com partes cantadas em português, na voz do cantor Milton Nascimento. Além dele, outros convidados especiais participaram do projeto incluem os vocalistas Kai Hansen (Gamma Ray e ex-Helloween), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Sabine Edelsbacher (Edenbridge); o percussionista Douglas Las Casas, a pianista Sílvia Góes, um quarteto de cordas para as partes orquestradas e o violoncelista Yaniel Matos.
Logo após o lançamento do álbum a banda iniciou uma turnê nomeada Temple of Shadows World Tour, e passou por seis continentes: América do Sul, América Central, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania.
A vendagem total do álbum ultrapassou as 200 mil cópias e garantiu mais de 50 prêmios para a banda.

No ano de 2005, dezenas de shows foram feitos pelo mundo (acrescentados aos do ano anterior, que fizeram com que a Temple of Shadows Tour tivesse mais de 100 concertos realizados, inclusive com a abertura do Nightwish noJapão. O tecladista da turnê foi Fábio Laguna.

Destaque para o show de comemoração aos 14 anos da banda, realizado no Via Funchal em São Paulo no dia 5 de novembro de 2005, o show teve 3 horas de duração, foram tocadas mais de 20 músicas e o album Temple of Shadows foi executado na íntegra.
Após meses de espera é lançado em novembro de 2006, o álbum Aurora Consurgens caracterizado por ser uma comemoração dos 15 anos da banda e possuir elementos de todos os seus discos anteriormente lançados. Baseado no livro homônimo, o álbum possui mais uma vez a capa feita pela portuguesa Isabel de Amorim e aborda uma temática mais voltada aos distúrbios mentais e psicológicos.
Além da baixa repercussão do Aurora Consurgens, brigas internas e discussões com o empresário Toninho Pirani, levaram novamente o Angra às manchetes dos principais órgãos de imprensa do Metal.
Para piorar a situação, Pirani também se envolveu em diversos problemas (inclusive legais) que culminaram na reformulação total da revista Rock Brigade com redução drástica na tiragem e a troca de diversos colaboradores "das antigas", que também participavam diretamente de atividades envolvendo o Angra.
Com sérios problemas financeiros e brigas internas, o Angra encarava a mesma crise vivida na época de Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori. Na época, chegou a se especular a troca do empresariamento da banda, encerrando uma parceria de 15 anos entre o Angra e Toninho Pirani, detentor dos direitos do nome da banda. Porém, o que se confirmou foi a saída do baterista Aquiles Priester, após declarações bastante polêmicas ao longo de 2007 e 2008.

O último show de Aquiles Priester foi dia 18 de agosto de 2007 no E.C.Progresso em Francisco Morato,SP. Também foi a última apresentação do tecladista convidado Fábio Laguna que já estava tocando com a banda desde 2001, ambos sairam, fizeram alguns shows no Almah (banda de Edu Falaschi) e depois ficaram exclusivamente no Hangar.
Em entrevistas, Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro afirmaram que o Angra estaria de volta entre abril e maio de 2009, com uma turnê para marcar o recomeço das atividades da banda. Kiko, inclusive, chegou a anunciar a gravação de um novo álbum, que seria lançado em 2010, tendo agora, Monika Cavalera como empresária.

Em 2009 o site da banda, em construção, estampava como título do site a frase "Bring the sunrise again" (traduzido do inglês como "Traga o nascer do sol novamente"), um verso da canção "Nova Era", o que indicava um possível retorno. No dia 12 de março de 2009, o site do Angra retornou ao ar, com as frases Look Who's Back (Olhe quem está de volta, em português) e Back to Life ("de volta à vida", também um verso de "Nova Era"). A formação da banda trouxe o retorno do baterista Ricardo Confessori, que fez parte do Angra entre 1993 e 2000, quando criou o Shaman. Confessori retomaria o posto que foi ocupado por Aquiles Priester, que atualmente se dedica integralmente ao Hangar.

Em 12 de março de 2009, o site da banda passou a informar que o Angra faria uma turnê conjunta com a banda Sepultura, a Angra & Sepultura Tour. A turnê passaria pelo Brasil no mês de maio pelas cidades de Recife, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Ourinhos, Rio de Janeiro, Vitória e Governador Valadares.

Logo após o lançamento a banda fez uma turnê mundial intitulada Aqua World Tour que passou por 4 continentes (América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia), e encerrou no dia16 de julho de 2011 em São Paulo.Em 2010, a banda gravou no estúdio Norcal Studios, em São Paulo o álbum intitulado Aqua, que foi baseado na peça A Tempestade de William Shakespeare. O álbum foi lançado no dia 11 de agosto de 2010 no Japão via JVC/Victor, e 22 de agosto no Brasil de forma independente.

Em 19 de abril de 2011 os integrantes Kiko Loureiro e Felipe Andreoli (músico) acusaram o grupo Parangolé de plágio em um riff da canção "Nova Era". Os integrantes da banda discutiram via Twitter com o vocalista da banda, Léo Santana. Em retaliação, usuários do microblog colocaram a tag #Parangolixo nos Trending Topics Brasileiro. A assessoria da banda Parangolé informou a um site que as Editoras que cuidam das músicas dos grupos envolvidos estão conversando para resolver o impasse. Já a assessoria da banda que acusou o plágio, informou que irá se reunir com os integrantes para ver quais providências irão tomar sobre o assunto. Semanas depois, o guitarrista da banda baiana reconheceu ter usado o riff de autoria de Kiko, alegando ter extraído de uma videoaula do Kiko Loureiro, e pediu desculpas por não fazer menção como música incidental e o assunto foi encerrado.
No dia 25 de setembro de 2011 o Angra participou do Rock in Rio IV (Dia Metal), ao lado da finlandesa Tarja Turunen (ex-Nightwish), comemorando os 20 anos da banda. A banda preparou um repertório especial para o evento, tocando "The Phantom of The Opera" (cover de Nightwish, originalmente de Andrew Lloyd Webber) e depois de 15 anos "Wuthering Heights" (cover de Kate Bush), canção presente no álbum de estréia Angels Cry e era tocada apenas na fase com Andre Matos nos vocais.

Em 24 de maio de 2012, o vocalista Edu Falaschi publicou uma nota anunciando sua saída do Angra. O motivo de sua saída seria complicações de saúde, por forçar muito sua voz em músicas de altos tons. O último show de Edu com o Angra foi no Rock in Rio 2011.
Em Setembro/Outubro de 2012 a banda lançou sua primeira coletânea, intitulada Best Reached Horizons contém os sucessos das duas epócas da banda. A coletânea foi lançada apenas na Europa e Japão.

A banda foi confirmada como atração no cruzeiro 70000 Tons Of Metal, que aconterá em janeiro de 2013. O vocalista Fabio Lione será o vocalista do Angra no evento.
O estilo do Angra é essencialmente associado ao power metal, mas alguns álbuns seus possuem um estilo pouco diferente, como é o caso de Holy Land, onde foi rotulado como folk metal por causa das influências brasileiras, Aurora Consurgens o álbum considerado o mais pesado do Angra.

O Angra é inspirado por diversos estilos musicais dentre eles: MPB, Música Erudita, etc.






segunda-feira, 25 de março de 2013

Mercyful Fate

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Mercyful Fate foi uma banda de heavy metal formada na cidade de Copenhague, Dinamarca, em 1981 pelo vocalista King Diamond, os guitarristas Hank Shermann e Michael Denner, o baixista Timi Hansen e o baterista Kim Ruzz. É citada entre as influências do black metal, thrash metal, power metal e metal progressivo. As músicas são caracterizadas por estruturas complexas, virtuose nas guitarras e falsetes altíssimos executados pelo vocalista.

Com contrato assinado com a gravadora inglesa Ebony Records, o grupo gravou duas faixas em 1982: "Walking Back To Hell", que nunca foi lançada, e "Black Funeral", que foi incluída na coletânea Metallic Storm. Com isso, a banda ganhou um selo alemão chamado Rave-On, o que rendeu a oportunidade gravar um disco.

O próximo passo foi a gravação do primeiro mini-álbum, pela Rave-On Records, trazendo as faixas "Devil Eyes", "Nuns Have No Fun", "Doomed By The Living Dead" e "A Corpse Without Soul", que, apesar de ter sido lançado sem título, é chamado pelos fãs de "Nuns Have No Fun".
Em 1983, a banda lançou seu primeiro álbum, "Melissa" (nome de uma caveira usada pela banda nos shows e roubada por um fã durante uma turnê em Amsterdã), pela Roadrunner Records, considerado pelos fãs como um dos mais importantes lançamentos do gênero.
Os vocais selvagens e estridentes de Diamond e as harmonias desenhadas pelas guitarras gêmeas de Shermann e Denner causaram um grande alvoroço no underground musical, catalisando as atenções do público e crítica locais.

A notoriedade internacional teve início com o lançamento do segundo álbum, "Don't Break the Oath", em 1984. A partir daí, durante uma turnê americana, começaram a surgir os desentendimentos entre King e Shermann relativos a direcionamento musical.
O desgaste entre esses integrantes agravou-se na época em que participavam do Christmas Metal Meetings, na Alemanha, resultando no fim do Mercyful Fate.
A banda assinou contrato com a gravadora Metal Blade, devido problemas com a Roadrunner, para em 1993 lançarem o terceiro álbum, "In The Shadows". Logo após foi lançado um EP com quatro músicas ao vivo, "The Bell Witch". O Mercyful Fate só não contou com a participação do baixista Timi Hansen, que foi substituído por Sharlee D'Angelo.

O disco "Time" foi o lançamento de 1994.
Em 1995, Diamond lançava, pela sua banda solo, o álbum "The Spider's Lullabye", marcando uma reformulação na banda, com a entrada de Herb Simonsen (guitarra), Chris Estes (baixo) e Darrin Anthony (bateria). O vocalista decidiu que as duas bandas continuariam existindo.
Desde então, o vocalista participa dos dois trabalhos paralelamente. Em 1996, são lançados dois álbuns, um da banda de King e outro do Mercyful, "Into the Unknown". Para esse álbum é realizada a 1ª turnê das duas bandas em conjunto. Há outra mudaça na formação, sai o baterista Snowy Shaw e a entra Bjarne T. Holm.
Em 1996 Michael Denner deixa o Mercyful Fate, alegando querer dedicar mais tempo à família. Em seu lugar entra Mike Wead. Em 1997 as bandas seguem em turnê conjunta e entram em estúdio para gravar seus respectivos álbuns.

Em 1998, foi lançado o sexto álbum do Mercyful Fate, "Dead Again".
No ano seguinte foi a vez de "9", considerado um dos melhores álbuns da banda.

sábado, 23 de março de 2013

King Diamond

Partilhar King Diamond começou sua carreira como o notório frontman do hoje cultuado, Mercyful Fate. A banda gravou álbuns hoje considerados clássicos no início dos anos 80 antes da separação motivada por diferenças musicais.
King Diamond lançou a carreira solo em 1985 com o auxílio do ex-membros do Mercyful Fate Michael Denner, guitarrista e do baixista Timi Hansen. Completavam a primeira formação o guitarrista Andy LaRocque e o baterista Mikkey Dee. A banda gravou um single chamado "No Presents For Christmas" e, logo em seguida, lançaria seu primeiro LP: Fatal Portrait, gravado na primavera seguinte. O álbum se tornou um hit entre a legião de fanáticos do Mercyful Fate que percebeu que o legado vivia na mente obscura e aterradora de King.]
No ano seguinte a banda fez um álbum ainda melhor, Abigail, que tocava sobre muito mais do que os temas de horror concebidos por King e sugeridos em seu debut. O álbum se tornou um sucesso expandindo King muito além do que o Mercyful Fate havia atingido, alcançando inclusive mais vendagem e exposição do que sua antiga banda. O contratempo foi a saída do guitarrista Michael Denner, amizade de longa data, que deixou a banda por alguns compromissos de turnê e foi substituído por um curto período pelo ex-guitarrista do Madison, Michael Moon.
A banda foi altamente aclamada por sua imaginação lírica, que foi melhor desenvolvida na sua próxima e melhor excursão, "Them". O álbum era inteiramente conceitual, e alguns achavam que poderia ser translado para uma grande novela ou ainda melhor um filme. A ingenuidade do projeto tão bem consumado renderam a King Diamond seu primeiro álbum a entrar na parada musical Top 100 da Billboard. O grupo, agora incluindo novos membros como o guitarrista Pete Blakk e o baixista Hal Patino, embarcou na sua turnê de maior sucesso até então, partilhando o palco com atores que faziam diferentes papéis do citado disco.
Rapidamente seguindo o sucesso e continuando a linha de história de "Them", King Diamond gravou Conspiracy, álbum de 1989. O disco foi a última performance do baterista Mikkey Dee (que mais tarde iria se juntar ao Motörhead) e dava inicio do envolvimento de Snowy Shaw com King Diamond. Outra turnê bem sucedida foi completada antes do grupo começar a trabalhar na sua próxima composição musical, The Eye.
O álbum era outro trabalho conceitual revolvendo o tema da perseguição do cristianismo durante os anos. O álbum fez um explosivo debut e foi saudado com um clima de críticas e controvérsias a favor e contra o tema. A banda começou a ter alguns problemas com a sua gravadora (Roadrunner) enquanto a formação via King Diamond, a banda, se dissolver, com apenas King e o guitarrista Andy LaRocque restando, e posteriormente gravando para um novo selo.

Nesse meio tempo, King ouviu algumas canções em que o guitarrista original do Mercyful Fate, Hank Shermann, estava trabalhando, e que soavam como as verdadeiras raízes da banda. Estas faixas inspiraram tanto King que o Mercyful Fate foi reformado em 1992 com a formação original com King nos vocais, Shermann e Michael Denner na guitarra (que estava trabalhando junto com uma banda chamada Zoser Mez), Timi Hansen no baixo e um novo baterista, Snowy Shaw. Entretanto, uma menção deve ser feita: King nunca esqueceu seu projeto pessoal e sempre tencionou manter ambas as bandas funcionando ainda que o guitarrista Andy LaRocque tocasse no álbum do Death, "Individual Thought Patterns".
Cada banda foi rapidamente contratada pela gravadora Metal Blade e o Mercyful Fate gravou o fenomenal disco de volta, "In The Shadows". A reformada banda e seu álbum foram recebidos com entusiástica resposta no prestigiado Dynamo Festival na Holanda, um show com o Metallica na Dinamarca e uma farta vendagem de discos nos Estados Unidos. Um compacto ao vivo, The Bell Witch, era uma lembrança das excursões. O Mercyful Fate rapidamente aproveitou o barulho acerca de sua reformulação e gravou o álbum Time.
Nunca perdendo de vista sua própria banda, o duo de King e LaRocque continuou formulando idéias para a sua volta e recrutando novos membros. Literalmente, assim que as gravações de Time terminaram, King reentrou no Dallas Sound Lab (onde o os outros dois discos do Mercyful Fate foram gravados). The Spider's Lullabye estabeleceu o recomeço, com o guitarrista Herb Simonsem, o baixista Chris Estes, o baterista Darrin Anthony e o guitarrista de longa data Andy LaRocque. O novo álbum era de longe o melhor trabalho em anos.
Após isto, foi lançado The Graveyard, com excelentes arranjos e músicas, contando a história de um prefeito que abusava de sua filha de 7 anos e, ao ser flagrado por um sujeito com problemas mentais, o incrimina.
Em 1998 saiu Voodoo, uma incrível história sobre uma família que se muda para uma casa onde há um cemitério voodoo.

Em 2000 King Diamond trás no House of God toda energia de seus primeiros discos. Com uma melhor produção e mais peso. O que se vê no CD são riffs pesadíssimos, muito heavy metal e os sempre clássicos e característicos vocais do próprio King, além da eterna ajuda do mestre Andy LaRocque - que mais uma vez da uma aula de guitarra, outro ponto positivo é o novo guitarrista: Glen Drover, que já entra totalmente entrosado na banda.
Novo disco em 2002: Abigail II: The Revenge. A capa é bem desenhada e o encarte é todo muito bem feito, com uma produção excelente. O disco segue o estilo dos últimos álbuns, entre eles The Graveyard e House Of God e não traz muitas novidades no instrumental, mas que em termos de King Diamond não decepciona, sempre com grandes riffs, muitos solos, ótimas melodias e muito peso, como sempre totalmente heavy metal. Andy LaRocque continua impecável.
Um excelente cd, que supera em muito tudo que Mr. Diamond fez nos anos 90 e que se não é o melhor de todos, mostra que o senhor da escuridão e seus asseclas não estão perdendo o fôlego e continuam a toda na estrada.Em 2003, é lançado The Puppet Master. O novo cd é de longe um dos melhores de King nos últimos anos. Músicas como a heavy tradicional The Ritual e a depressiva No More Me (onde nosso herói é transformado numa marionete através do mais sangrento ritual) mantém o mesmo estilo já consagrado por King Diamond, mas com um toque especial: há uma história perfeita e a música se encaixa com uma precisão magnífica. Outros destaques de peso ficam para as excelentes Blood to Walk, a balada depressiva So Sad (aonde King Diamond flerta de leve com o gótico e a climática e assustadora Living Dead que fecha o cd, mas não encerra o drama daquele que era um ser humano e agora está condenado a viver como uma marionete para a eternidade.
2007: Give Me Your Soul... Please. O conceito do álbum parte da história de dois irmãos, uma menina e um garoto, mortos provavelmente pela mesma pessoa, ainda que exista uma incerteza se o irmão teria cometido suicídio. Todo o andamento da história a partir de então gira em torno da garotinha que busca uma forma de evitar que a alma de seu irmão vá parar no inferno. Quem nos conta essa história é Diamond, muitíssimo bem acessorado pelas guitarras de Andy LaRocque e Mike Wead, o baixo de Hal Patino, a batera de Matt Thompson e a voz de Livia Zita. A capa foi inspirada em uma pintura chamada “My Mother’s Eyes”, com a singela imagem de uma jovem garota usando um vestido todo ensangüentado e segurando dois olhos em suas mãos.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Iron Maiden

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A longa história da banda se iniciou em foi em Maio de 1975 pelo baixista Steve Harris, que se juntou com o guitarrista Dave Murray alguns meses depois. Trinta anos depois, os dois ainda permanecem como membros do Iron Maiden.

O Início

Harris e Murray se juntaram a um número ridículo de membros durantes os anos 70, tocando em diversos clubes punk de Londres. Mesmo o Iron Maiden sendo uma banda de metal influenciada por Deep Purple, Yes, Wishbone Ash e Black Sabbath, eles faziam um estilo mais punk no começo da carreira, com um estilo mais rápido. O cantor original Paul Day era muito mais punk que o cantor que substitui o mesmo, Dennis Wilcock, um grande admirador do KISS que usava fogo, maquiagem e sangue falso no palco. Em 1978, Harris e Murray estabilizaram a formação do Iron Maiden com a adição do baterista Doug Sampson e do vocalista Paul Di'Anno.

Se a banda soava punk anteriormente, agora era ainda mais, com a chegada de Paul Di'Anno, um dos poucos membros do Maiden que tiveram cabelo curto. Por anos a banda foi pressionada pelas gravadoras para cortar seu cabelo e sacrificar o complexo som do metal (segundo as gravadoras) a favor de uma imagem mais punk. Mais com Di'Anno de frontman, a banda pôde mixar os dois estilos e fazer um estilo próprio, juntando o metal com o punk. Eles misturavam temas clássicos, ritmos de metal empolgantes e riffs de guitarra bem hardcore e rápidos.

Iron Maiden foi a sensação do circuito do rock inglês no ano de 1978. A banda estava tocando sem parar havia três anos e ganhou um tremendo número de fãs, mas mesmo assim até essa época, eles nunca tinham gravado nada. No ano novo de 1978, a banda gravou um dos mais famosos demos da história do rock, The Soundhouse Tapes. Com apenas quatro músicas, a banda vendeu todas as 5 mil cópias imediatamente, e não distribuiu o demo novamente até 1996. Cópias originais da versão original são vendidas hoje em dia por milhares de dólares. Duas das faixas do demo, "Prowler" e "Iron Maiden", ficaram em primeiro lugar nas paradas de metal inglesa.

Em muitas das formações antigas do Iron Maiden, Dave Murray era acompanhado de outro guitarrista, mas grande parte de 1977 e todo o ano de 1978, Murray foi o único guitarrista do Maiden. Isso mudou com a chegada de Tony Parsons em 1979. O baterista Drummer Doug também foi substituído pelo dinâmico Clive Burr. Em Novembro de 1979, a banda assinou contrato com uma gravadora de renome, a EMI, uma parceria que durou 15 anos. Poucos antes de entrar em estúdio Parsons foi substituído pelo guitarrista Dennis Stratton. Inicialmente a banda queria contratar o amigo de infância de Dave Murray, Adrian Smith, mas Smith estava ocupado tocando guitarra e cantando com sua banda Urchin.

Em 13 de Outubro de 1979, o guitarrista Dave Murray fez tanto sucesso com as garotas numa exibição na University of Manchester Institute of Science and Technology (UMIST) que acabou criando um enorme protesto de homens.
Na semana seguinte, a revista Sounds publicou a seguinte carta:
"Eu só quero avisar a Dave Murray, o guitarrista do Iron Maiden, que se ele pôr os pés novamente em Manchester eu irei pessoalmente quebrá-lo, já que ele arruinou o que eu considerava uma ótima relação com a minha namorada."

Os Primeiros Sucessos

Iron Maiden foi lançado em 1980 e foi um sucesso comercial e de crítica. A banda abriu os shows do Kiss na turnê do álbum Unmasked, e também abriu diversos shows do legendário Judas Priest. Depois da turnê do Kiss, Dennis Stratton foi despedido da banda por questões de criatividade e diferenças pessoais. Finalmente, a banda pegou embalo com a chegada do fabuloso Adrian Smith, que trouxe melodia ao grupo. Seu estilo meio blues meio experimental era completamente o oposto da velocidade de Murray, o que deu um aspecto interessante a banda. As duas guitarras se completavam, e com eles não existiam a noção de guitarra solo e guitarra base, ambos solavam e ambos tinham notoriedade na banda, dando um aspecto de "twin lead" harmonioso. Esse estilo já existia em bandas como Wishbone Ash e The Allman Brothers Band, mas ganhou um novo nível no Iron Maiden.

Em 1981, Maiden lançou seu segundo álbum, intitulado Killers. Esse novo álbum continha os primeiros grandes hits da banda e eles foram introduzidos à audiência nos Estados Unidos. Killers ficou marcado como um dos álbuns mais rápidos e pesados da banda, e é um dos favoritos dos fãs da era Paul Di'Anno.

O Maiden nunca foi conhecido por usar drogas, e eram extremamente perfeccionistas nos palcos e no estúdio. O vocalista, Paul Di'Anno, por outro lado, sempre mostrou um comportamento auto-destrutivo, começou a beber muito e suas perfomances começam a sofrer com isso, quanto mais ele bebia, pior era sua postura no palco. Justo quando a banda começava a ficar famosa nos Estados Unidos, Di'Anno foi expulso do Maiden. Em 1982 a banda substituiu Di'Anno pelo vocalista do Samson Bruce Dickinson. Nascia aí uma das maiores parcerias do metal de todos os tempos. Bruce entrou na banda mas exigiu ficar com cabelo comprido e disse que só iria usar as roupas que ele gostava, já mostrando muita atitude.

Dickinson mostrou uma melhor interpretação das músicas da banda, dando-lhes um tom mais melódico. O álbum de estréia de Dickinson nos vocais do Maiden foi em 1982 com o mundialmente famoso The Number of the Beast, que é reconhecido como um dos clássicos do heavy metal. Esse álbum estorou em todo o mundo e trouxe diversas músicas marcantes para a carreira do Maiden como The Number of the Beast e Run to the Hills. Pela primeira vez a banda foi em uma turnê mundial, visitando os Estados Unidos, Japão e Austrália. Foi nessa época também que alguns grupos religiosos começaram a acusar a banda de ter um cunho satânico, afirmando que as letras do Maiden estavam repletas de cantos satânicos, invocando o demônio e vandalizando a mente da juventude. Mas na verdade toda essa polêmica veio por causa da música "The Number of the Beast", que é na verdade uma música anti-satânica sobre um sonho ruim tido pelo Steve Harris. A banda sofreu um pouco com esses rumores e foi obrigada a colocar na frente dos discos um aviso de "letras explícitas".

Nesse mesmo tour, o produtor Martin Birch se envolveu numa acidente de carro com alguns fiéis. O reparo do carro foi contabilizado como £666, um preço que Birch se recusou a pagar, optando por um valor mais caro.

Após o enorme sucesso de The Number of the Beast, a banda ficou famosa mundialmente, ganhando status de rockstars. Antes de voltar ao estúdio em 1983, eles substituíram o baterista Clive Burr pelo conceituado e conhecido por sua pegada pesada Nicko McBrain e com ele lançou quatro álbuns clássicos, todos com ganhando disco de platina múltiplos por todo o mundo: Piece of Mind (1983), Powerslave (1984), Live After Death (1985) e Somewhere in Time (1986). A banda tocou para enormes audiências, especialmente na América do Sul, Ásia, Austrália e Estados Unidos, onde eles são considerados legendários até os dias de hoje, com exceção dos EUA.

Todos esses álbuns continham riffs extremamente complexos, diversas mudanças de estilo na música, e todas baseadas em temas clássicos. Iron Maiden nunca cantou sobre drogas, sexo, bebida ou mulheres. As letras das músicas da banda, diferentes das outras bandas de heavy metal, eram baseadas na literatura inglesa e em fatos históricos. Muitos consideram as músicas da banda como "metal inteligente", era uma banda totalmente intelectual e ao mesmo tempo extremamente pesada (para a época), uma banda totalmente diferente de todas as da época.

Na época as acusações de satanismo continuaram, causando enormes controvérsias sobre mensagens ocultas em diversas músicas da banda, normalmente descobertas rodando-se a música ao contrário. No álbum Piece of Mind uma mensagem desse tipo foi colocada no inicio da música Still Life. Tocando-o ao contrário, pode-se ouvir o baterista McBrain dizer: "Hmm, Hmmm, what ho sed de t'ing wid de t'ree bonce. Don't meddle wid t'ings you don't understand", seguido por um arroto. McBrain mais tarde admitiu que o trecho eram suas impressões sobre Idi Amin Dada. Ela diz o seguinte: "What ho said the monster with the three heads, don't meddle with things you don't understand."

No mesmo álbum, o renomado escritor Frank Herbert teve um conflito com a banda quando eles pediram permissão para criar uma música com o nome de Dune. Herbet não só aceitou a reivindicação, como proibiu que o Maiden usasse qualquer citação do livro na música. Steve Harris ainda tentou um encontro com o escritor, mas obteve a resposta do agente de Herbet, que afirmou que o escritor não gostava de bandas de rock, especialmente de bandas de rock pesado, como o Maiden. Por causa desse impecilho judicial, a música foi renomeada como Tame A Land.

Experimentos

Em 1988 a banda tentou para o seu sétimo álbum de estúdio algumas coisas diferentes, o nome do álbum é Seventh Son of a Seventh Son. Este é um álbum conceitual, mostrando a história de uma criança que era possuída pelos poderes de um vidência. O disco foi baseado no livro The Seventh Son de Orson Scott Card. Foi o disco mais experimental do Maiden até hoje, e é muitas vezes lembrado como o fim dos "tempos de ouro" da banda.

Declínio

Pela primeira vez em sete anos, a formação da banda sofreu uma mudança, com um grande perda, o guitarrista/vocalista Adrian Smith. Smith foi substituído por Janick Gers e em 1990 eles lançaram o fraco No Prayer for the Dying. Esse álbum voltou com um Maiden mais pesado que os do "tempo de ouro", mas as letras ficaram mais fracas e simples, e a música não parecia tão desafiadora como nos álbuns passados. O vocalista Bruce Dickinson também começou com algumas mudanças no timbre de voz, que não agradou nem um pouco aos fãs. Mesmo com todos esses imprevistos, o álbum foi um grande sucesso comercial e teve diversos singles bastante tocados como "Bring Your Daughter to the Slaughter", inspirado em um filme de horror.

Antes do lançamento de No Prayer for the Dying, Bruce Dickinson lançou oficialmente sua carreira solo e conseguiu conciliar com o Iron Maiden (Gers era o guitarrista). Ele continuou com o tour em 1991 antes de retornar a estúdio com o Iron Maiden para o mundialmente famoso, que é considerado um dos mais famosos álbuns do Maiden, Fear of the Dark. Lançado em 1992, teve inúmeros sucessos, bastante populares entre os fãs, como Fear of the dark (faixa-título) e Afraid to Shoot Strangers, uma crítica à guerra. A faixa Wasting Love também ficou bastante conhecida, principalmente pelos não-fãs, pois é uma baladinha bem pop, não se parecendo muito com uma música do Maiden.

Mesmo com o metal perdendo espaço para o Grunge em 1992, o Maiden continuava a lotar arenas em todo o mundo. Dickinson continuava com seu estilo único e brilhante de cantar. Em 1993, huouve uma grande perda, quando Bruce Dickinson saiu do grupo para seguir sua carreira solo. Bruce aceitou permanecer na banda até o final do ano, o que resultou no lançamento de diversos álbuns ao vivo. O primeiro, A Real Live One, que trazia as músicas 1986 a 1992 foi lançado em Março de 1993. O segundo, A Real Dead One trazia as músicas de 1982 a 1984 e foi lançado logo após a saída de Bruce. Ele tocou seu último show com banda (até voltar em 1999) no dia 28 de Agosto de 1993. O show foi filmado pela BBC, e lançado em vídeo com o nome de Raising Hell.

O Ponto Baixo

A banda fez testes com centenas de vocalistas (alguns do Brasil) e finalmente escolheu o jovem Blaze Bayley em 1994, que era da banda Wolfsbane. Bayley provou ser um bom vocalista, mas não agradou aos fãs do Maiden, que já estavam acostumados com o vocal marcante de Dickinson. Após uma parada, Maiden retornou em 1995 com o álbum de uma hora, The X Factor. Muitos consideram este como o pior álbum do grupo, mas o fiasco não pode ser somente atribuído a Baley. O grande compositor da banda, Steve Harris estava passando por sérios problemas pessoais, então muitas músicas eram obscuras, depressivas e lentas (o álbum contém quatro músicas sobre guerras). Algumas músicas do álbum se salvam, como a "Blood on the World's Hands" que tem um brilhante trabalho de baixo acústico de Harris e a épica música de 11 minutos "Sign of the Cross", considerada um dos clássicos da banda.

A banda gastou a maior parte de 1996 na estrada, pra voltar ao estúdio e desenvolver o melhorado Virtual XI. O vocal de Bayley ainda estava bastante "hard rock" para o gosto dos fãs do Maiden. Bayley continuava não sendo o vocal ideal para o Maiden, como se pode perceber em músicas como "The Educated Fool" e na balada "Como Estas Amigos". Uma das únicas músicas que salvam o álbum é a "The Angel and the Gambler". Grande parte do público decidiu não comprar o álbum e Virtual XI não foi definitivamente um sucesso de vendas, o que acabou sendo a senha para a saída de Bayley.

A Volta Por Cima

Em 1999, Bayley foi retirado da banda, aparentemente por consenso mútuo. Meses depois, a banda chocou o mundo quando anunciaram que Bruce Dickinson e o guitarrista Adrian Smith estavam reentrando na banda, o que significa que a formação clássica de 1980 estava mais uma vez formada. Ainda melhor, Janick Gers iria continuar na banda, ele que é considerado o "ator" da banda, iria continuar com os dois guitarristas clássicos, o Maiden pela primeira vez na história iria ter três guitarristas. Logo depois do anúncio, eles fizeram uma turnê mundial, para celebrar a reunião, que foi um grande sucesso.

Em 2000, um novo período começou para o Maiden, conhecido como "os anos progressivos", começou com a banda lançando o álbum Brave New World. As músicas são mais longas e as letras falam sobre temas obscuros e críticas sociais. A banda ganhou uma nova legião de fãs quando começou a explorar esse lado progressivo. Brave New World foi considerado por muitos com um dos melhores álbuns do Maiden nos últimos dez anos. A tour mundial foi estendida até Janeiro de 2001 com um show no famoso festival Rock in Rio, que rendeu um DVD de sucesso. Foi um retorno glorioso da banda ao Brasil, agora muito dos fãs antigos têm suas bandas próprias, e sua influência pode ser escutada em diversas bandas de 1990 até os dias de hoje.

A banda continuou com seu estilo progressivo no álbum Dance of Death lançado em 2003. O álbum ganhou disco de platina em diversos países e não deixou dúvidas que a banda ainda continua uma sensação do heavy metal. A banda também emplacou alguns vídeo-clips na MTV trazendo novos fãs para a banda.

Em 2005, o Maiden anunciou um tour em comemoração aos 25 anos do lançamento do primeiro álbum e o 30º aniversário da primeira formação. A banda pretende fazer um tour mundial para divulgar seu novo DVD, intitulado The Early Years, em que a banda celebra as músicas do período de 1975-1985. Também foi lançado um àlbum ao vivo (Death On The Road) e anunciado um álbum de estúdio, ainda sem nome, o 1º álbum conceitual desde Seventh Son Of A Seventh Son.


Em 2006 a banda lança o décimo quarto álbum de estúdio, A Matter of Life and Death, com canções mais longas que o habitual do Iron Maiden. O álbum traz algumas características progressivas, que a banda já vinha apresentando nos últimos álbuns, porém agora nesse álbum com maior intensidade, junto com um som mais pesado que o mostrado anteriormente pela banda. Este álbum foi considerado pela crítica especializada como um dos melhores álbuns já feito pela banda, sendo considerado pela revista Classic Rock o álbum do ano de 2006, e obtendo uma classificação de cinco estrelas (classificação máxima) da revista Kerrang!, que neste mesmo ano elegeu o Iron Maiden como banda mais importante nos 25 anos de existência da revista. Em 2007, a banda faz uma turnê batizada de A Matter of the Beast Tour, comemorando os 25 anos de lançamento do The Number of the Beast. Neste ano ainda tocam como atração principal mais uma vez no Donnington Download Festival. Em agosto de 2007 a banda anuncia a próxima turnê que se chamará Somewhere Back In Time World Tour, que vai ser uma volta ao passado, onde a banda executará apenas canções dos anos 1980 (para os fãs novos também haverá uma canção dos anos 90).

Em fevereiro de 2008, inicia-se a Somewhere Back In Time World Tour na India, e a bordo do Ed Force One (um Boeing 757 customizado pilotado por Bruce Dickinson), passaram por muitos países (incluindo o Brasil, em 2008 e 2009), tocando para mais de 3 milhões de pessoas em estádios e arenas. O filme Flight 666 chega aos cinemas mostrando como é a vida da banda na estrada durante a primeira perna da tour de 2008. Em 15 de março de 2009, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a banda realizou o maior show da história do estado, tendo os organizadores estimado em 63 mil espectadores.

Durante a turnê Somewhere Back In Time em 2008, Bruce Dickinson anunciou nos concertos que ainda no mesmo ano começariam os preparativos para um novo álbum. No ano seguinte, Dickinson anunciou que um novo álbum chegaria em 2010, e Harris declarou em uma entrevista que já haviam reservado um estúdio.
Em 5 de junho de 2010, o site oficial da banda revelou capa, data de lançamento e faixas do álbum The Final Frontier, bem como disponibilizou a faixa "El Dorado" para download. 4 dias depois, iniciaram uma turnê mundial para promoção do álbum, The Final Frontier World Tour em Dallas, Estados Unidos. A turnê passou em 2011 pelo Brasil e por Portugal.
The Final Frontier foi lançado em agosto de 2010, e estreou no topo das paradas de 30 países. O álbum marcou um retorno da banda ao Compass Point Studios para as gravações.


Moonspell

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 Portugal sempre ficou marcado como sendo um país onde o "consumo" de metal atinge boas vendagens mas com grande carência de bandas locais deste estilo. São poucos os ícones portugueses reconhecidos no resto do mundo, Tarântula e MadreDeus podem ser citados, mas a banda de metal mais bem sucedida das terras lusitanas é o Moonspell.
Em meados de 1989 surgia a banda Morbid God, ainda inexperiente, sem bons instrumentos  e sem um bom local para ensaiar. Somente no ano seguinte seria registrada em estúdio a primeira música da banda, com o título de "The Fever". Este grupo só conseguiu se estabilizar em 1993, já com um novo nome, lançando a sua primeira demo-tape. O som continuava extremo como nunca, o nome escolhido foi Moonspell, e dentro deste nome figuravam os indivíduos: Fernando Ribeiro (vocal), Mantus (guitarra), Ares (baixo) e Miguel Gaspar (bateria). A demo intitulada "Anno Satanae" fez com que a banda assinasse um contrato com a francesa Aipocere Records.
Foi através desta primeira gravadora que o Moonspell fez a sua estréia em um "full-lenght". "Under the Moonspell" mostrava a banda no seu estado mais black, com grandes influências de Celtic Frost, Hellhammer e Venom. A banda começou a contar com um novo integrante, o guitarrista Ricardo Amorim. Além de abordar o ocultismo em suas letras, o que caracterizou o som da banda neste primeiro CD foi a influência tanto da música portuguesa como da música árabe. Com o reconhecimento deste bom disco, a banda concluiu alguns shows ao lado do Anathema, Cradle of Filth e Cannibal Corpse.

Em 1993 assinaram contrato com a sua nova gravadora, a major Century Media. O seu primeiro lançamento pela nova gravadora foi o melhor álbum da banda: "Wolfheart". Na turnê de divulgação, a banda passou por alguns países onde ainda não tinha tocado, como Polônia, Inglaterra, e alguns festivais europeus, ao lado do Morbid Angel. Nesta época ficou claro que a banda precisaria em seu próximo disco confirmar todas as expectativas formadas a partir de ótimas performances tanto em estúdio como em palco.
Em 1995 o Moonspell lança "Irreligious", confirmando-se de vez no seu próprio país. Foi com este álbum que a crítica especializada portuguesa cedeu e enfim, divulgou o Moonspell como o maior ícone metálico de todos os tempos, afinal foram mais de 10 mil cópias vendidas só em Portugal. Este sucesso foi grande também na Itália e Alemanha, com turnês ao lado de Samael e Type O' Negative.
Após a turnê o baixista Ares resolve sair da banda e em 1996, para o posto, vem o brasileiro Sérgio Crestana. Com a nova formação, a banda lança o álbum "Sin/Pecado", deixando de vez a vertente black metal, e apostando em um som mais gótico. Neste mesmo ano de 96, a banda participou do grande festival holandês Dynamo Open Air, e excursionou pela primeira vez pela América Latina, fazendo shows no Brasil, Argentina e Chile.

Dois anos mais tarde saia "The Butterfly Effect", surpreendendo os fãs por manter a mesma característica do seu sucessor e apostar em algumas influências mais marcantes da música industrial. Com a turnê de divulgação, a banda passou pela primeira vez nos Estados Unidos, ao lado do In Flames. Enfim, este álbum é a "ovelha-negra" da banda, pois as expectativas criadas não foram correspondidas. "The Butterfly Effect" não agradou aos fãs mais antigos.
Em 2001 a banda lançou "Darkness and Hope", conseguindo ótimos resultados em poucas semanas em países como Finlândia, Portugal, Alemanha e França. "Darkness and Hope" marcou a "virada" de tendência musical da banda, desta vez retornando ao metal gótico. Este CD agradou à crítica em geral, que caracterizou a banda pelo peso e pelas influências do rock gótico inglês oitentista. Os destaques foram o cover do mito português MadreDeus (a música "O Senhor da Guerra"), além da versão sul-americana conter a cover de "Love Will Tear Us Apart" do Joy Division e dois clipes para computador, das músicas "Magdalene" e "Butterfly FX".

Alpha Noir/Omega White, o décimo álbum de estúdio da banda, é lançado a 27 de Abril de 2012. A apresentação do duplo álbum, e a celebração dos 20 anos da banda, foi marcada com um concerto especial em Lisboa, dia 12 de Maio, no Campo Pequeno, que marcou, também, o arranque da digressão mundial da banda, Into Darkness.


Fonte: Whiplash



Black Sabbath

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O embrião do Black Sabbath surgiu no ano de 1966 em Aston, uma localidade de Birmingham, Inglaterra. A história começou quando o guitarrista Anthony "Tony" Iommi e o baterista William "Bill" Ward (ambos do grupo Mithology) leram em uma loja, o anúncio de um cantor que foi à procura de músicos para formar uma banda. O cantor era John "Ozzy" Osbourne que estudou na mesma escola que Iommi. Iommi e Ward foram para casa de Ozzy e decidiram formar um complexo musical. Osbourne levou ao grupo, outros dois músicos que tinham tocado com ele na banda Rare Breed: os guitarristas Terence "Geezer" Butler e Jimmy Phillips.
Mais tarde, Butler assumiu o papel de baixista, e foi também assoldato pelo saxofonista Alan "Aker" Clarke. A banda escolheu o nome inicialmente de Polka Tulk Blues Band e encurtado depois para Polka Tulk, e começou a construir um repertório, principalmente blues. Mais tarde, Clarke e Phillips saem do grupo e o restante dos membros decidiram alterar a denominação para Earth. A formação exibe em vários locais, tocando covers de Jimi Hendrix, Blue Cheer, Cream e The Beatles, e esculpiu o primeiro demo em 1968. É recolhido algum êxito no espaço de "pubs" britânicos e permitiu que o grupo fizesse o nome no exterior, graças a gerente Jim Simpson.
Após um curto período, o nome da banda foi mudado porque havia outro grupo denominado Earth. A escolha do nome, mais tarde, veio à ideia de Butler, um grande fã dos romances de "magia negra" e "terror" de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de terror italiano do diretor Mario Bava, I Tre Volti Della Paura (As Três Máscaras do Terror) de 1963, mas exibido com o nome de Black Sabbath na Inglaterra e Estados Unidos, e escreveu uma canção que incorpora o título do filme. Isto se tornou o novo nome do grupo.
O novo nome é acompanhado por uma transição para um novo som blues, em primeiro lugar com elementos do folk e, em seguida, com cada vez mais fortes e tons escuros até que uma nova solução para a qual o grupo tornou famosa e teria sido numerada para muitos críticos, como os principais pioneiros do heavy metal. O primeiro registro que a banda assinou foi com a Fontana Records e, mais tarde, com o Vertigo. No dia 13 de fevereiro de 1970, foi publicado o álbum de estreia da banda, intitulado simplesmente de Black Sabbath.

O primeiro trabalho, Black Sabbath, foi um grande sucesso (oitavo lugar nas classificações inglesas)[12] devido, em grande parte, à atmosfera histórica de composições como "Black Sabbath", "The Wizard" e "N.I.B.". O disco, para muitos, foi a inauguração de um rock mais original, tanto no sentido sonoro, mais pesado, denso e distorcido; quanto no que se refere às letras. Deep Purple e Led Zeppelin, outras bandas influentes do heavy metal da época, tinham um som mais melódico e mais próximo a outros estilos como o blues, folk e o rock n' roll. A música do Sabbath a princípio tinha características semelhantes, mas com o tempo a banda investiu em um som mais pesado e com temáticas mais obscuras, com referências explícitas a "demônios" e temas envolvendo ocultismo, que era uma novidade e uma polêmica nessa época.
Embora essa espécie de temática pudesse ser eventualmente observada em trabalhos de outros grupos, como os Beatles e Led Zeppelin, o Black Sabbath, graças a sua persistência nessa proposta, foi em grande parte um responsável por um estereótipo que se perpetuou no universo do heavy metal. Este tipo de proposta levou a banda a sofrer numerosas críticas; os mais conservadores os acusavam de promover o "satanismo" e isso costumava alimentar reprovação de grande parte da opinião pública. No entanto, essas polêmicas só contribuíram mais para o sucesso que o Black Sabbath conquistou com sua grande audiência de jovens.
O próximo álbum, Paranoid, até hoje o maior sucesso comercial do grupo, sendo o marco inicial do heavy metal (primeiro nas colocações inglesas; sete discos de platina e um de ouro),[13] é considerado de grande importância para as bases do heavy metal. O trabalho angariou para o Black Sabbath milhares de fãs em todo o mundo, graças a canções como "Paranoid", "Iron Man", "Electric Funeral" e "War Pigs". Com este trabalho, o grupo foi além da atmosfera sombria das músicas e abordou temas como a guerra do vietnã , com temas mais maduros. "War Pigs", por exemplo, é uma crítica a políticos considerados responsáveis pelos horrores da guerra e "Iron Man" tem um texto puramente ciência-ficção.
Em 1971, o grupo publicou o terceiro álbum, Master of Reality, de sucesso notável. Provavelmente foi o álbum mais obscuro e introspectivo da banda. Este trabalho, junto com o Black Sabbath e Paranoid, é considerado o álbum que inspirou o doom metal. Para além de canções do estilo Sabbath como "Children of the Grave" e "After Forever"(curiosamente acusada de blasfêmica, apesar de ter uma forte direção cristã), o álbum é conhecido, sobretudo, pelas suas estilísticas "alegações" (encontradas em canções como "Sweet Leaf", "Lord of This World", "Solitude" e "Into the Void"), que serviram de base para bandas como Saint Vitus e Candlemass.

Nota-se que o disco possui uma inovação particularmente interessante: Iommi, na verdade, toca com a guitarra em dó sustenido (um tom e meio abaixo da afinação tradicional), assim como Butler no baixo. Essa mudança, segundo declaração do guitarrista, foi feita por dois motivos: para se adaptar ao estilo vocal de Ozzy e para dar um som mais pesado para a sua música (mais tarde, a partir do álbum Heaven and Hell, a guitarra e o baixo são afinadas em ré sustenido). Devido a isso, o Black Sabbath talvez tenha inaugurado a chamada "limitação": uma prática que se tornaria quase uma norma para muitos grupos de rock e metal.

O álbum seguinte, Black Sabbath Vol. 4 de 1972, revelou a primeira de várias alterações no som da formação, devido a uma clara influência do rock progressivo. Um dos pontos fortes do álbum é a balada "Changes", onde Osbourne canta acompanhado por piano e cordas. A canção é um exemplo de como os sons da formação teve evoluído, mas canções como "Tomorrow's Dream", "Snowblind" e "Supernaut" ainda mostram seu lado musical mais profundo.

Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressistas pode citar a "Spiral Architect" e "A National Acrobat", mas ainda faltava o "clássico", com uma boa formação de "Sabbath Bloody Sabbath" e "Killing Yourself to Live". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística.
Neste período, houve uma série de acontecimentos na banda. Todos os membros tiveram sérios problemas de dependência de drogas, em especial Osbourne e Ward que, após a admissão do cantor, fizeram uso de LSD todos os dias por mais de dois anos. Uma mudança de gravadora (de Vertigo para a Warner) tinha atrasado o lançamento do seu novo álbum, Sabotage, publicado somente em 1975. Do ponto de vista musical, o álbum é um dos mais variados do grupo, alternando as canções de heavy metal de "Hole in the Sky" e "Symptom of the Universe", para o canto gregoriano de "Supertzar", e sons de pop rock de "Am I Going Insane (Radio)".

O próximo álbum, Technical Ecstasy de 1976, foi álbum de acesos debates com os seus adeptos, devido a um som mais flexível e para a presença de maestro e sintetizadores musicais. Embora alguns considerem positivamente o disco como muito ambicioso e inovador, que ajudou a desiludir os fãs do estilo inicial do grupo.
Em 1977, após a turnê de Technical Ecstasy, Osbourne deixou o grupo, consequência de tristes vicissitudes pessoais, devido a morte do seu pai, para além dos problemas derivados da sua dependência de álcool e drogas já impagável. Os restantes membros do grupo chegaram experimentar durante alguns meses com o cantor Dave Walker (ex-Fleetwood Mac), seguido pelo momentâneo regresso de Osbourne para o item de 1978, o álbum Never Say Die!.
Este trabalho segue as pegadas do álbum anterior, com sons eletrônicos e experimentais (Don Airey nos teclados). Em qualquer caso, a resposta do público foi relativamente negativa, apesar de apresentar boas músicas como "Junior's Eyes" e "Hard Road",garantiu como uma das piores da formação, sendo a faixa-título, a única para desfrutar de uma boa popularidade entre os seus fãs.
Em 1979, devido à irreversível conflito com outros membros da banda, Osbourne foi despedido pela sua tendência para o abuso de drogas e álcool. Após a saída de Osbourne, o grupo não apresentou uma formação sólida, atingindo muitas vezes, o ponto de instabilidade e assolando vários músicos durante a sua próxima carreira.

A despedida de Ozzy Osbourne, no entanto, preocupou a banda, pois ele contribuiu muito para o desempenho das canções e acima de tudo foi um grande animador do público durante os concertos ao vivo, e depois, encontrar um substituto digno foi difícil. Após a sua saída, ele foi substituído por Ronnie James Dio, ex-vocalista das bandas Elf e Rainbow.
O primeiro álbum com Dio, Heaven and Hell, foi um grande sucesso, permitindo que o grupo voltasse nas paradas, e nas vendas foi o melhor resultado da banda desde 1975, com as canções "Neon Knights", "Heaven and Hell", "Die Young" e outros que se tornaram peças significativas de sua discografia. O álbum também foi marcado pela entrada de Geoff Nicholls nos teclados. Embora nem sempre seja reconhecido como um membro oficial do grupo e forçadas a desempenhar no "backstage" dos concertos de "razões estéticas" (caso não isolado na paisagem do metal), Nicholls teve, desde então, indiscutível influência sobre o grupo, e mesmo nível compositivo.
A turnê do disco revelou, muito mais tarde, também sobre o carisma do novo cantor, a sua excelente voz e talento. Também durante o tour, Bill Ward teve que sair por razões pessoais (seus pais morreram, um após o outro, com os grandes problemas com álcool),[20] e foi concluída por Vinny Appice (irmão de Carmine Appice, famoso baterista de Vanilla Fudge, Rod Stewart e King Kobra).
Foi durante esta excursão que Dio fez o famoso gesto de "chifres", posteriormente adaptado como uma espécie de "sinal de reconhecimento" pelos amantes do metal. No entanto, a paternidade deste gesto é o tema do debate, uma vez que também foi reivindicada por Gene Simmons do Kiss. No entanto, os críticos argumentam que este não foi introduzido na música, ou por Dio ou por Simmons, mas com os Beatles em 1967. Na verdade, as imagens promocionais do filme animado Yellow Submarine mostram John Lennon, com o gesto em cena. É também visível na capa do disco, onde Lennon mostra os chifres atrás de Paul McCartney. Além disto, Dio disse ter aprendido este gesto com sua avó, que o ensinou a fazer, para evitar mal olhado.
Voltando à arte da banda, Tony Iommi e os membros, com a ajuda de Appice, gravaram o álbum posterior, Mob Rules em 1981, um sucesso que também confirmou o novo estilo adquirido do Sabbath, graças às duas composições técnica de Dio. A faixa-título do álbum foi escolhida para a trilha sonora do filme Heavy Metal.
A saída e a rápida propagação do bootleg ao vivo, Live at Last (gravada pelo grupo com Ozzy, em uma turnê de 1973), convenceu o grupo a responder com um álbum ao vivo "oficial". Live Evil (1982) recolhe a maior parte das canções mais famosas do grupo (do Black Sabbath para Mob Rules). Esta publicação, no entanto, trouxe novos problemas: Iommi e Dio deram azo a debates acalorados no que se refere a mistura de sons, como o líder do Black Sabbath acusou o cantor de ter viajado para estudar a noite para aumentar o seu volume de voz e chamado de "pequeno Hitler". Tudo isto, houve uma série de controvérsias que convenceu o cantor a deixar a banda, levando com ele, o Appice.

A saída do Vinny Appice e de Ronnie James Dio, deu instabilidade na banda. Para o papel do baterista, Cozy Powell foi contratado, mas a resposta foi negativa. Esta lacuna foi preenchida pelo oportuno regresso de Bill Ward, porém encontrar um novo vocalista foi mais difícil do que o esperado. Foram adicionados Nicky Moore do Sanson e John Sloman da Lone Star, mas não foram tomadas. Iommi queria ter David Coverdale do Whitesnake em sua banda, mas o cantor recusou a proposta.
Assim, a investigação realizada por Iommi e Butler é orientada para o Ian Gillan (ex-Deep Purple), que naquele momento estava livre de qualquer compromisso, devido o problema com a sua voz. Os contatos entre as duas partes são representados por uma anedota bastante bizarra. Gillan disse que recebeu um telefonema de Iommi que pediu para se encontrar para conversarem. Os dois se encontraram em um pub chamado The Bear em Woodstock. Um dia depois, Gillan fica confuso, porque tinha bebido álcool no dia anterior, e recebeu um telefonema de seu empresário, Phil Banfield, que lhe disse para se encontrar com Black Sabbath para discutir com eles, desde que aceite a oferta de tornar-se seu novo vocalista. Praticamente, Gillan fez essa escolha, no estado de embriaguez e não se lembrar de nada.
Gillan, como o vocalista, foi possível a realização de Born Again (1983), álbum muito mais maciço do que os produzidos com Ozzy e Dio, que, embora queimado pelos críticos, recebendo nota 1,5 em cinco no AMG, registrou um sucesso significativo de vendas e alcançou o quarto lugar nas classificações inglesas, colocando assim canções como "Disturbing the Priest" e "Zero the Hero", ao menos para os fãs do álbum, no patamar de clássicos da banda. Este trabalho, como as do período de Ozzy, suscitou grande controvérsia, gerido pela P.M.R.C.. A canção "Trashed" foi criticada por incitação para o abuso do álcool que foi incluído em uma lista chamado de "Quinze Asquerosas" para designar as quinze canções mais escandalosas da música contemporânea. Gillan irá responder a estas acusações, dizendo que a canção fala de si próprio, quando dirigindo o seu carro por Bill Ward no estado de embriaguez fora do estúdio de gravação, destruído, que termina em um canal e colocando sua vida em perigo. Além disso a capa escolhida para o álbum foi intensamente criticada, com o próprio Gillan dizendo que a detesta, e também afirmando que ao ver a capa do álbum, simplesmente pegou o resto que tinha recebido em uma caixa e atirou pela janela.
A associação entre Gillan e Sabbath foi apelidada, ironicamente por muitos jornais, como "Black Purple", o nome dado pela fusão de Black Sabbath e Deep Purple. Posteriormente foi tomada a turnê, e Ward se retirou novamente, e foi substituído por Bev Bevan (ex-Electric Light Orchestra). No final, Gillan volta ao Purple, no momento da nova reunião.

Com a saída de Ian Gillan, tirou a conclusão de um novo vocalista. Spencer Proffer, nesse momento, novo produtor da banda, contratou Ron Keel (ex-Steeler e Keel) para uma audiência, mas ao final não foi escolhido. A banda, a admissão de Keel, desejava o retorno de Ozzy. Outro candidato foi George Criston da banda canadense Kick Axe (outra banda gerida pelo Proffer).
Mais tarde, David Donato foi citado como vocalista oficial do grupo, que ficou por cerca de seis meses, mas não chegaram a fazer um álbum, por causa de sua inesperada demissão. As razões para o seu abandono estão envoltos em mistério, dito que ele foi despedido depois de um "horrível" emitido para a revista Kerrang!, mas tudo foi negado, enquanto outros defenderam que passou o Donato depois da gestão da banda. No entanto, Tony Iommi, em uma entrevista, preferiu não dizer nada sobre este evento.
Entre os poucos e raros exemplos do Black Sabbath com Donato é a canção "No Way Out", o que não é, senão uma primeira versão de "The Shining" (contido em The Eternal Idol, publicado em 1987). Donato, mais tarde, em 1986, fundou uma banda de glam metal chamada White Tiger, junto com o ex-guitarrista do Kiss, Mark St. John.
O mesmo Geezer Butler, após um longo tempo com grupo, abandona e forma uma banda (o "Geezer Butler Band"), mas não esculpidas qualquer álbum. A formação original devolvidos, temporariamente, durante o evento Live Aid em 1985, festival organizado por Bob Geldof e Midge Ure, onde o grupo compartilhou o palco com artistas como Queen, David Bowie, The Who, Madonna e U2.


Como a substituição de Donato, finalmente, foi matriculado o Jeff Fenholt em 1985. O vocalista teve uma breve experiência na banda Rondinelli, e permaneceu no Black Sabbath por sete meses, antes de Glenn Hughes toma o seu lugar. Na sequência, tinha tocado na banda Joshua, em que o disco Surrender foi publicado em 1986. Dois anos após a sua partida, quando publicou o Seventh Star, Fenholt alegou ter participado na gravação do álbum, apesar de não ser creditado. Com efeito, com Fenholt, foi gravado em 1985, uma demo intitulada Star of Índia, cujas ações serão utilizadas para liquidar a faixa-título. Posteriormente, Iommi chamou vários músicos: além de Geoff Nicholls (agora considerado um membro oficial), chegou Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Trapeze), o baixista Dave Spitz e Eric Singer (sucessivamente no Kiss e, mais tarde, com Alice Cooper) na bateria.
Seventh Star de 1986, inicialmente um álbum solo de Iommi, porém, mais tarde, publicado por razões contratuais com a empresa discográfica, sob o nome de "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Este álbum, ainda mais, marcou a volta da viragem que começou com Ronnie James Dio, os teclados, que passou a ser um instrumento fundamental para o seu novo estilo. No entanto, comparado com Born Again, o álbum teve pouco sucesso. Além disso, alega do trabalho foi objeto de discussão entre Iommi e Fenholt, que alegou ter participado na composição das faixas do disco. Fenholt, na verdade, deu um corte com o demo da banda, Star of Índia de 1985, e as canções aqui são parte de lista do Seventh Star.
Na fase inicial da turnê em 1986, Hughes deixa a banda, devido aos graves problemas com a voz, após receber um punhado na garganta no dirigente do grupo, Don Arden, durante uma disputa, e foi substituído por Ray Gillen. Entretanto, a carreira solo de Osbourne andava de velas inchadas (ele já havia publicado álbuns clássicos como Blizzard of Ozz e Diary of a Madman), e da crescente fama do cantor estava prestes a cada vez mais obscuro.

A preparação para o álbum The Eternal Idol, viu o reaparecimento, como percussionista, o baterista Bev Bevan e ingressou como baixista Bob Daisley (que também tocou com Ozzy). No meio de discos, Gillen saiu do grupo. Ele foi substituído por Tony Martin, e foi o último a cantar (com canções escritas originalmente por Gillen) para o álbum The Eternal Idol, embora entre os colecionadores, possam encontrar a versão original cantada por Gillen. A reunião entre o novo vocalista e o Iommi ocorreu através do gerente de Martin, antigo companheiro de escola do líder do Sabbath.
Martin foi muito apreciada, o seu talento foi comparado para muitos com o Ronnie James Dio, e participou ativamente na elaboração das canções. O álbum tem algumas referências ao passado (a canção homônima relembra sons escuros de Master of Reality), mantendo o estilo adotado nos últimos anos (a grande contribuição dos teclados). Mesmo este álbum, embora muitos considerem de bom nível, não teve o sucesso esperado.
Após o lançamento do álbum, a banda foi novamente à deriva e abalada por uma série de saídas; Iommi, Martin e Nicholls tiveram que contratar um novo baixista, (Jo Burt), e um novo baterista, (Terry Chimes do The Clash), na curta turnê promocional, que teve lugar em 1987, quase exclusivamente com datas na Europa.
Apesar destas mudanças em curso, a banda começou a estabilizar em torno das performances de Iommi (agora único membro original), Martin, Nicholls e que entrou em seguida (em substituição de Chimes), o baterista Cozy Powell (que já recebeu uma oferta de Iommi após a partida de Appice, mas nessa altura não aceitou). Com a adição de Laurence Cottle no baixo, o Sabbath publicou Headless Cross (1989), álbum que recebeu um bom sucesso, maior do que o Seventh Star e The Eternal Idol. A partir da canção-título, foi estabelecido um vídeo que foi transmitido por certo período na MTV.
Em 1990 (mais uma vez com um novo baixista: Neil Murray do Whitesnake, que já tocou na turnê de Headless Cross), o grupo consolidou esse "renascimento" com outro álbum, Tyr, que vendeu muito bem e que se seguiu em turnê no mesmo ano.

Os resultados alcançados com os álbuns Headless Cross e Tyr, em 1992, Tony Iommi convoca a formação do início dos anos 1980 (do álbum Mob Rules), com Geezer Butler, Ronnie James Dio e Vinny Appice. O álbum que surgiu, Dehumanizer (1992), foi um trabalho de som áspero e levou muito mais do que uma boa opinião pública e crítica. A banda preparou uma turnê muito bem sucedida, inclusive com passagem pelo Brasil, com apresentações na Pista de Atletismo do Ibirapuera, em São Paulo, e no Canecão, no Rio de Janeiro, ambas no ano de 1992. Depois destas apresentações, o Sabbath voltou a se apresentar no Brasil, na edição de 1994 do Festival Monsters Of Rock, mas já com outra formação.
Nessa altura, Osbourne anunciou a sua intenção de retirar da música por uma turnê (mais tarde, mudou de ideia, e organizou uma nova turnê chamada "Retirement Sucks"), e pediu a sua antiga equipe às últimas duas datas em Costa Mesa, Califórnia, em 14 e 15 de novembro. Dio não estava de acordo e acabou por sair novamente, em parte, porque o seu contrato expirou em 13 de novembro, um dia antes dos dois últimos concertos de Ozzy. Dio, porém, alegou que o real motivo de sua saída foi à persistência de divergências com Iommi, como em tempos de Heaven and Hell e Mob Rules. Para completar a turnê, Iommi chamou em última hora, Rob Halford do Judas Priest.
Com a saída de Dio e Appice, a banda chama Tony Martin e Geoff Nicholls e, com o novo baterista, Bobby Rondinelli lançam o Cross Purposes que vem com o clássico Cross Of Thorns, acompanhado de Cross Purposes Live, uma caixa de CDs e vídeos, publicado em 1994, e atualmente fora de impressão. Quando abandonou o grupo, Rondinelli foi substituído em surpresa, uma vez que o baterista original, Bill Ward, que assumiu a tempo para tocar as últimas quatro datas da turnê na América do Sul.
Mais uma vez, Ward e Butler abandonaram, e para o ano de 1995, regressou a formação do álbum Tyr, com Cozy Powell e Neil Murray, que lançam o álbum Forbidden, o álbum de estúdio mais recente do Black Sabbath que não tem recebido bons conselhos do público e da crítica. O rapper Ice-T cantou junto com o Martin, a canção "Illusion of Power". Na turnê, Powell acompanhou apenas as datas da turnê dos Estados Unidos, enquanto aqueles que na Europa, Rondinelli ficou no seu lugar.
Em 1996, a Castle Records publicou algumas canções do álbum Born Again até Forbidden, na coletânea intitulada de The Sabbath Stones.

Em 1997, Ozzy deu vida em seu festival Ozzfest. Na última parte do show, Butler e Iommi (e posteriormente, também Ward) apareceram no palco para tocar algumas canções clássicas do Sabbath. Com a formação original, foi gravado em 1998, o álbum duplo ao vivo, Reunion, composto exclusivamente de canções de Osbourne em versões ao vivo, mas que também incluiu mais de duas novas canções de estúdio. Em 2000, a banda foi premiada pelo Grammy na categoria "Melhor Desempenho de Metal", graças à canção "Iron Man".
Parecia que a formação ia retornar na unidade histórica para a gravação de um novo álbum, mas não terminou o caso. A preparação de um novo trabalho registrado foi iniciada em 2001, mas, provavelmente, devido às restrições impostas por contratos de Osbourne em suas atividades solista, não houve qualquer resultado. Em 2004, o Sabbath teve tocado em uma nova turnê do Ozzfest (com Adam Wakeman, filho de Rick, nos teclados, substituindo Geoff Nicholls), que celebra o seu trigésimo quinto aniversário, e também em 2005, viu-lhes participar na caravana adicionando algumas datas na Europa.

Em 13 de março de 2006, Black Sabbath entraram no Rock and Roll Hall of Fame. Eles foram introduzidos pela banda Metallica que também tocou duas canções da banda do Iommi ("Hole in the Sky" e "Iron Man").
Quando parecia que já tinha chegado ao seu final, e a retirada do cenário musical, em outubro de 2006, foi anunciada uma turnê no principal festival europeu de metal, a formação do álbum Heaven and Hell: Dio, Iommi, Butler e Ward.
O seu nome para esta excursão foi Heaven & Hell. Em novembro de 2006, Ward abandonou o projeto, porque eles disseram, muito vagamente, que houve especulações sobre o novo nome do grupo,[48] e foi substituído por Vinny Appice. Em 3 de abril de 2007, o grupo tem vindo a publicar The Dio Years, compilação de canções compostas com Dio, e também contendo faixas inéditas. Eles tocaram no Gods of Metal em junho de 2007.
Embora pensassem que o projeto Heaven and Hell seria concluído, o grupo permanece unido, lança o álbum The Devil You Know, o primeiro desde o álbum de 1995, Forbidden e já saiu em turnê, passando pelo Brasil . Porém, Ozzy manifestou o seu desejo de ser capaz de gravar novo material com a formação original do Sabbath.
Em 2009, Ozzy Osbourne processou Tony Iommi pelo uso da marca Black Sabbath. Ozzy alega que Iommi registrou ilegalmente para si a propriedade sobre o nome da banda, em processo junto ao escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos. Ozzy pede 50% de direito de propriedade sobre a marca, junto com uma parte dos lucros que Iommi obteve de seu uso ao longo dos anos. Segundo a corte federal de Manhattan, o processo ainda alega que foram os "vocais singulares de Ozzy" os principais responsáveis pelo "extraordinário sucesso" do Black Sabbath em sua primeira década de existência, apontando o fato de que a popularidade do Black Sabbath caiu após sua saída do grupo. O curioso disso tudo é que, apesar dos direitos sobre o nome Black Sabbath pertencerem a Iommi, ele foi cunhado por Geezer Butler em homenagem ao filme O Sabá Negro (No original, Black Sabbath), de 1963. Em junho de 2010, a batalha legal entre os dois sobre os direitos do nome da banda teria sido encerrada, mas os termos deste acordo não foram divulgados.[50]

No dia 16 de maio de 2010, Ronnie James Dio sucumbiu ao câncer de estômago e morreu aos 67 anos. A morte de Dio foi confirmada por sua esposa, Wendy Dio, que publicou um comunicado na página oficial do músico. “Hoje meu coração está partido, Ronnie morreu às 7h45 . Muitos amigos e familiares puderam dizer adeus antes dele morrer pacificamente”, escreveu Wendy.
Em homenagem a Dio, foi organizado um show tributo contando com os vocalistas Glenn Hughes e Jorn Lande(Masterplan). Em entrevista, Iommi diz que este será o último show do Heaven & Hell. "Nós escolhemos o nome porque a banda consistia na formação do Black Sabbath que gravou o disco Heaven and Hell. Não poderíamos continuar com este nome sem Ronnie. Não seria certo, e nenhum de nós possui o desejo de fazer isso. Nem poderíamos nos chamar de Black Sabbath". De acordo com Geezer Butler, não haverá reunião do Black Sabbath com Ozzy em 2011, porque Osbourne estará em turnê com sua banda solo.

Em 24 de janeiro de 2011, Osbourne dissera que ele e seus ex-companheiros estavam em processo de discussão acerca de uma possível reunião e de gravação de um álbum de estúdio.
A partir de 4 de novembro de 2011, o site oficial do Black Sabath começou a exibir a logomarca com a data 11/11/11 ou 11 de novembro de 2011, dando a entender que tratava-se da data de reunião do grupo, revelando a reunião e a gravação do novo álbum e uma uma turnê mundial. Muitos fãs manifestaram descontentamento com um anúncio que dizia que o Black Sabbath estaria lançando um álbum de estúdio após 30 anos, afinal, tal frase apagaria toda a história da banda entre 1980 e 2010.
Depois do anúncio da reunião, descobriu-se que Tony Iommi está com câncer, ele foi diagnósticado com linfoma em estágio inicial. Os demais integrantes decidiram junta-se a Tony na Inglaterra para prosseguir com o projeto de trabalhar no novo álbum, que anteriormente estava programado para acontecer em Los Angeles. Em nota, a banda comunicou que "Iommi está atualmente trabalhando com seus médicos para estabelecer o melhor plano de tratamento - o Homem de Ferro do rock & roll continua otimista e determinado a fazer uma recuperação completa e bem sucedida."
Alguns shows da turnê foram canceladas e substituídas por apresentações de "Ozzy & Friends". Apenas 3 shows continuam confirmados para apresentações da banda Black Sabbath. A primeira, que aconteceu no dia 19 de maio de 2012, na O2 Academy, em Birmingham. Os outros dois programados para acontecer dia 10 de junho de 2012 no Download Festival, em Derby(UK) e dia 03 de agosto de 2012 no Lollapalooza, em Chicago(US).
Nova polêmica surgiu após o anúncio de que o Black Sabbath vai se reunir sem o baterista da formação original, "Bill Ward". O anúncio foi feito por meio de uma nota divulgada no site oficial da banda, assinada por Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler, os integrantes remanescentes da banda, que estão no Reino Unido trabalhando em um disco novo. Segundo Ward, "os termos do contrato são injustos", o que o levou a recusá-lo. Para novo desgaste junto aos fãs, ao invés de uma investida em renegociação, a banda publicou os dizeres: "Nós ficamos tristes por saber que Bill anunciou publicamente que não vai participar dos planos do Black Sabbath. Nós não temos outra escolha a não ser continuar gravando sem ele, embora as portas estejam sempre abertas."
A banda não se manifestou sobre quem substituiria Bill Ward, mas surgiram rumores de que seria "Tommy Clufetos", baterista da banda solo de Ozzy, rumores estes que se confirmaram em comunicado oficial algumas horas antes do show.
Em 19 de maio deu-se a primeira apresentação da banda, após o anúncio da reunião feito em 11/11/11. Ozzy, Iommi, Geezer e Clufetos apresentaram-se para um público de aproximadamente 3 mil pessoas, capacidade do local. O show não teve banda de abertura, e começou com "Into The Void", do álbum "Master Of Reality". Os ingressos esgotaram muito rápido, chegando a custar 8 mil reais no mercado paralelo, segundo fora noticiado em alguns jornais e sites.
Uma parte do local foi reservado para familiares e amigos. O show foi gravado na íntegra, assim como declarações de fãs antes e depois do show e cenas do backstage. Há rumores de que esta e as próximas apresentações marcadas para este ano, 2012, sejam transformadas em documentário. E no dia 12/01/13 foi anunciado o título do novo álbum "13". O primeiro álbum de estúdio do grupo com Ozzy Osbourne desde 1978 será lançado em junho pela Vertigo/Universal nos Estados Unidos e pela Vertigo no resto do mundo. A bateria do álbum foi gravada por Brad Wilk (ex-Rage Against the Machine). O álbum foi produzido por Rick Rubin, em sua maior parte em Los Angeles.